sábado, 26 de junho de 2010

PROVÉRBIOS ITALIANOS 6 !!!!!!!

Olá pessoal! Mais provérbios da bota para se esquecer um pouco a  vergonhosa derrota dos Azzurri!


1 - Chi trova un amico trova un tesoro.
Quem encontra um amico encontra um tesouro.

2 - Dio ci salvi dal povero arricchito e dal ricco impoverito.
Deus nos salve dos "novos ricos - emergentes"  e dos ricos empobrecidos.

3 - La gente in case di vetro non dovrebbe gettare le pietre.
Não se deve atacar pedras se tens teto de vidro. 

4 - Bella femmina che ride vuol dire borsa che piange.
Mulher bonita que ri; significa carteira que chora.

5 - Ne ammazza più la gola che la spada.
Mata mais a gula que a espada.
 
6 - O mangia questa minestra o salta questa finestra.
Ou toma essa minestra ou pula pela janela.
 
7 - Chi piscia contro il vento, si bagna i calzoni.
Quem mija contra o vento molha o calção.

Esse réplica do Davi de Michelangelo fotografei  em Firenze na Piazza della Signoria. Olha a picada da tia se divertindo no celular e a moça pt da vida porquê quer tirar a foto.

Abbracci a tutti!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

SEGUNDA DIVINO COM MARATONA GREGA: GEROVASSILIOU SYRAH 2003 COM MOUSSAKÁ DO ACRÓPOLIS.

Se bem que me lembro, eu tinha prometido pra vocês cozinhar um prato grego e harmonizar com um vinho; mas acabei não tendo tempo. Todavia encontramos a oportunidade certa na Segunda Divino, para retrucar o Syrah marroquino do Gil da última semana com um Syrah da Grécia; harmonizado com uma bela moussaká do restaurante Acrópoles no Bom Retiro. Saí do consultório ás 18:30 e  quando eram 19:30 já começávamos nossa degu. O primeiro vinho grego que tomei foi na A.B.S de São Carlos no dia dos Chardonnays que me impressionou bastante pela fruta e mineralidade. A moussaka inaugurei lá mesmo no Acrópoles, com o próprio Gil e Rê, e pude conhecer seu simpático dono que me mostrou  como se deve usar o azeite grego: sem miséria!

Moussaká é um prato que está presente em várias culturas mediterrâneas como Turca, Síria, Italiana ( Berinjela á parmigiana ou siciliana);  mas a mais famosa é sem dúvida é a grega. Levada no forno com  tudo de bom numa receita deve ter: carne, tomate, gordura, beringela, leite e queijo. O que mais me instiga na culinária grega são os temperos, e certamente  nessa receita faz  a diferença dessas para as nossas caseiras (além de dar um pt trabalho).  Não vou dar a receita pois não fui eu que fiz; e vale a pena dar um pulinho no Acrópoles.

 Gerovassiliou Syrah 2003 - Domaines Gerovassiliou - Epanomi - Thessanoliki - Grécia.

Vinho macedônico feito de Syrah lotado a 3 kms do mar, porém a 300 mts de altitude. Foi envelhecido 18 meses em carvalho francês novo em solo arenoso calcário que lhe confere boa mineralidade. Coloração rubi com halos violáceos e pouca maturação de aromas de frutas negra como ameixas e algo de cereja amarga, na boca com taninos macios e envolventes numa belísssima acidez para completar. Vi pouca influência da barrica mas um aroma de couro novo, cravo com pimentas num perfeito equilíbrio entre álcool e acidez. Um vinho "singular", talvez diferentel para aqueles que o comparam a um do Rhône ou Australiano, mas é isso que eu quero. Ah! Bateu muito bem com a moussaka, sua acidez e fruta.

Quem traz esse vinho é a Mistral.

Quem faz essa maravilha de moussaká: Acropóles.

Abbracci a tutti!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

FETTUCCINE CON RAGU ALLA BOLOGNESE: 18a HARMONIZAÇÃO ENTRE BLOGS.

Olá pessoal! Tudo bem?

Essa é a primeira vez que tomo coragem para participar da harmonização entre blogs criado em 2007 pelos excelentes Gourmandise responsável pelos pratos e Le Vin Au Blog pelos vinhos. Demorei porquê só comecei a blogar no final de 2009, tenho uma certa dificuldade de encontrar os ingredientes na filial caipira e faltava coragem.... Pura besteira pois o pessoal é muito aberto e não estão muito preocupados com a beleza do prato e resultado final , mas sim em dividir experiências gastronômicas entre amigos que só podem se reunir neste grande restaurante virtual que é a blogsfera.


Senti-me mais confiante pois dessa vez a harmonização vinha da Itália e é um prato cujo preparo remonta á minha infância:

- Ecco fettuccine alla bolognese!

Poucos  pratos traduzem tão bem a culinária da imigração italiana como a pasta alla bolognese derivada de um ragu de carne e uma massa fresca com ovos. Tenho vaga lembrança de minha avó com suas irmãs fazendo o impasto na cozinha e botando a massa no quintal para secar, e eu com meus primos "pentelhos" não parávamos de atormentá-las. Naquela época (coisa de 30 anos) não tínhamos a facilidade de hoje em encontrar essas pastas secas importadas de primeira qualidade e partíamos para as nacionais; até a chegada das Barillas e Divellas. 

 Fiz o meu  impasto básico para 4 ovos e fui para a biblioteca culinária atrás da largura e espessura do fettuccine. Havia muita variação dos fettucci ( fitas) e adotei uma largura um pouco menor que 1 cm. Fiz algumas fitas para mostrar o padrão para o J.G.M, abri um vinho e começamos a divagar e enquanto eu acertava o ragu, ele cortava a massa. O novo "pastaio" durante a confecção da pasta, ensinava-me como sua e minha vó faziam a massa fresca no rolo mesmo pegando ovos do galinheiro no quintal  e a farinha comprava na padaria  daquele saco de pano o mesmo do pão. Quando dei conta o fettuccine já tinha ido aos poucos de tagliarine até pappardelle, mas meu pai com 83 anos cortando o macarrão e tomando vinho comigo não tem preço. Acho que vocês meus amigos vão me perdoar.

Bom chega de papo, gostei da harmonização pois reune no mesmo pacote três Itálias distintas:

1 -  A pasta fettuccine que é originária da Lazio, sendo seus mais famoso o all´Alfredo junto com alla Romana e triplo burro. O clássico com esse ragu é o tagliatelle e por favor nunca com espaguete!

2 - O Ragu alla Bolognese que é Emiliano Romano.

3 - E o vinho que é um toscano Chianti Colli Senesi  para harmonizar.




Segui á risca a receita do molho  que foi adaptada do chef André Mifano  Restaurante Vito, mas cada família (mesmo na Itália) possue o seu modo e segredo de fazer o vero ragu; e todos ficam ótimos desde que haja bom senso. O Tosca Chianti Colli Senesi Tenuta de Valdipiata era 2006; mostrando-se de coloração rubi com halo granada e ameixas maduras com aromas terciários. Com acidez mediana, cacau  e taninos completavam seu retrogosto de boa duração com discreto amargor e herbáceo final. Creio que peguei uma garrafa distinta, mas harmonizou com o prato que estava maravilhoso.

As receitas originais estão nos Gourmandise e descrição do vinho no  Le Vin au Blog.

Parabéns pela idealização e abbracci a tutti !

terça-feira, 8 de junho de 2010

SEGUNDA DIVINO: VINHO MARROQUINO TANDEM SYRAH 2005.

Olá pessoal, tudo bem?!

Retornando á nossa Segunda Divino o Gil resolveu abrir um vinho africano para comemorar a copa do mundo que se aproxima. Quem pensou em Stellenbosch, enganou-se pois o escolhido foi um vinho do norte da África, mais precisamente do Marrocos chamado Tandem.

Por essa pouca gente esperava; mas tandem não é o nome de uma região vinícola, de um monarca ou de algum mercador marroquino mas na verdade é o nome dado áquela famosa bicicleta de dois ou mais lugares que aparece estilizada no rótulo deste vinho. Tudo começou quando Alain Graillot, considerado melhor vinicultor de Crozes-Hermitage, passeando de tandem por Marrocos  encontrou os proprietários da  Vinícola Thalvin e resolveram aliar-se para criarem vinhos premium de terroir marroquino e herança francesa. Com a supervisão de Jacques Poulain, enólogo da  Domanine des Ouled Thaleb de propriedade da Thalvin, iniciaram o cultivo orgânico de videiras no vale de Rommaninas, encostas das montanhas Atlas. A região apresenta solo argilo-calcário com temperaturas altas durante o dia e noites frescas, facilitando o amadurecimento lento e gradual das uvas.  O manejo das videiras de dez anos e cachos é todo manual, com 60% do vinho estagiando em barricas de carvalho francês da Françoís Frére.

Vamos ao vinho que na taça é realmente muito bonito com coloração rubi intensa sem halo específico que abre no nariz aromas de frutas maduras como cereja, algo de morango e especiarias. Efeito da barrica muito suave na boca com taninos médios e bem macios mostrando  pimenta e canela numa média e bem agradável persistência com notas balsmicas e doçura residual. Boa compania num final de tarde para um prato de massa leve e carnes não muito gordurosas; mas aceitam bem temperos e condimentos pela boa fruta. Imagino um tajine de frango até cordeiro com ameixas, amêndoas, limão siciliano em conserva e cous cous marroquino de frutos secos na harmonização. A safra de 2005 mostrou-se ainda jovem com acidez regular lembrando mais um Syrah francês do Rhone que do novo mundo.

Quem traz esse alegre vinho é a World Wine.


Curiosidades:

O maior tandem do mundo foi construído na Austrália em 1984 e tinha a capacidade de 74 ciclistas.

Nenhum Marroquino que trabalhou na colheita provou do vinho.

Abbracci a tutti!