O post aí debaixo sobre a traição do vinho estragado na coluna da Alexandra Corvo fez o maior sucesso, inclusive na Itália onde recebi dois comentários! Meu colega Mário Mucheroni da A.B.S. de São Carlos fez um comentário muito legal e vai num caminho totalmente diferente daquela minha experiência! Portanto inauguro com um "causo" dele á parte; que tem conteúdo suficiente para ser publicado em qualquer periódico sobre vinho.
Vão lá e degustem!.
Caro Roberto
Li sobre o vinho branco da Campania em seu blog. Na enocultura, aprendemos nos instantes mais inesperados. Veja o que me aconteceu: estava numa destas lojas de 1,99 comprando presentes para os horríveis eventos de "inimigos secretos" que tive que participar. Achei, veja o fato surreal, caixas de um vinho verde português Almeida Rocha engarrafados em 1995, que deveriam ser consumidos dentro de 1 ano. Custavam R$ 3,99 cada. Comprei 1 caixa com 6 garrafas para brincar. Para minha surpresa encontrei 2 inacreditáveis garrafas. Os vinhos de 4 garrafas estavam mortos, mas 2 garrafas guardavam uma preciosidade. Vinhos com boa acidez, aromas de frutas tropicais, mel, cera de abelha, marzipan, avelãs, um certo toque de madeirizado, com maravilhosos 9% de álcool, que resistiram ao tempo e principalmente aos maus cuidados. Não eram o mesmo vinho que teríamos tomado em 1995, mas acredito que os que resistiram ficaram melhores, mais ricos em nuances aromáticas. Qual o segredo? A rolha! Nas garrafas com vinhos ainda potáveis as rolhas ofereciam resistência à abertura. Nas outras, com pequena pressão com os dedos as rolhas afundavam. Uma boa dica para testar vinhos velhos, com cuidado.
Abraço
Mario
Quem tiver seu causo ou história interessante sobre vinho, mande pra mim qua a gente compartilha!
Ou venha pra nossa A.B.S. e conte pessoalmente!
http://www.abs-saocarlos.com.br/
A foto mostra o Vinho Gravonia Branco Reserva 1997 da nossa última degustação sendo aberta com todo cuidado pelo autor da mensagem, só para aguçar um pouco.
Abracci a tutti!