quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

BRUSCHETTA DE SALMÃO DEFUMADO, CREAM CHEESE E DILL.

A bruschetta é típica do centro da Itália, mas sempre esteve em todas as outras regiões mostrando sua diversidade em cada uma delas.
Apesar de ser considerada um antepasto;  tem o poder de ser levada à mesa como um prato principal dependendo da criatividade do cozinheiro e dos ingredientes a serem utilizados. Isto deve-se ao fato da bruschetta levar consigo toda a tradição da boa culinária italiana, podendo ser incorporados tanto  ingredientes mais simples e provincianos, aos mais aristocráticos.
A base de toda bruscheta leva somente um belo azeite de oliva extravirgem, alho e sal, e um dia desses vou dedidar um post específico a elas.
Para hoje vamos de bruschetta fresca, ideal para o verão, com um preparo extremamente rápido e simples que vão fazer seus convidados ficarem impressionados com tanta beleza e sabor. A idéia de fazê-la foi inspirada no temaki que mais gosto que leva salmão, cebolinha e cream cheese e deu muito certo.

BRUSCHETTA DE SALMÃO COM CREAM CHEESE E DILL.

Ingredientes:

1 baguete de pão italiano.

150 gramas de salmão defumado.

200 grramas de cream cheese.

1 maço de dill fresco.

Preparo:

Cortar a baguete em rodelas de 1,5 cm cada e levar ao forno somente por uns 10 minutos para dar um leve susto nos pães. Depois com as bruscas ainda quentes passar  uma generosa camada de cream cheese para que derreta um pouco e coloque delicadamente uma fatia de salmão defumado em cada uma. Para finalização do antepasto, ornar com uma raminho de dill, que além de tudo aromatizará de maravilha nossa bruschetta. Finalizando regue com um generoso fio de azeite extravirgem, mande para a mesa e espere pelos comentários.
Sugiro servir com espumante brut ou um branco encorpado, fresco e com alguma mineralidade que harmonizará perfeitamente.

Espero que tenham gostado e Abbracci a tutti!!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

BAR LEO - CHOPP Á MODA ANTIGA.

Olá Pessoal! Tudo bem?

Não sei muito sobre a verdadeira estória das choperias alemãs do centro de São Paulo, daquelas que guardavam a elegância e o charme da boemia na antiga terra da garoa com seus bondes e sem minhocão. Frequentei na época da faculdade de medicina o Amigo Leal na Amaral Gurgel que foi aberto em 1967 por  Leopoldo Urban do Leo após vendê-lo ao atual dono e do Amigo Lenzi da Marquês de Itu que também fizeram muito sucesso. Tinham como tônica o ambiente acolhedor com paredes de madeira antiga com bolachas e canecas, o chopp gelado cremosíssimo com ou sem  Steinheager, e não me saem da lembrança os pastéizinhos crocantes e os bolinhos de bacalhau.


Faltava-me no currículo conhecer o último reduto do triunvirato: O Bar Leo...

O grande diferencial  da casa é o Chopp Brahma que chega na mesa dos clientes a 0º C, acompanhado por um  colarinho cremoso com minimo de três dedos de espessura. A qualidade do Bar Leo é constantemente reconhecida pela Brahma, com o certificado da "Real Academia do Chopp", concedido pela empresa a proprietários  de bares e funcionários. Além disso pode ser acompanhado de diversos acepipes como canapés de rosbife e linguiça defumada no pão preto ou o tradicionalíssimo bolinho de bacalhau ás quartas e sábados.


 E se você é daqueles clientes que não gostam de colarinho; muito cuidado.........



"Aqui o chopp é assim,

se você não gosta não tem problema,

na padaria vende cerveja sem colarinho,

basta atravessar a rua"

 

Chegando no bar, a primeira impressão é de aconchego, uma decoração rústica mistura de pub com alemão, muitas canecas, quadros e bolachas de chopp pendurados.
Primeira pedida, sem dúvida, o tão famoso melhor chopp de São Paulo, como não?
Realmente, tiro meu chapéu aqui pra dizer que o chopp é um verdadeiro fenômeno! Brahma de espuma cremosa, temperatura perfeita, aromas de fermentação bem sutis e um verdadeiro deleite ao paladar!

Boteco pede petisco, então lá fui eu na pedida do famoso bolinho de bacalhau do local. Infelizmente fui informado que só são feitos às quartas e sábados, portanto, já fica a dica pra quem quiser visitar! Pedimos uma porção de canapés no pão preto forrados sem miséria com uma linguiça defumada Blumenau e outra metade de rosbife.  Excelentes! Com muita mostarda, combinaram perfeitamente com o super chopp.

A visita ao Bar Leo se tornou de gala quando vejo um senhorzinho entrando no bar, guardando seu guarda chuva no armário atrás do balcão. Roupa de garçon dos anos quarenta com seu avental e depois sua gravata borboleta!!
Curioso como sou, perguntei ao garçon que estava atendendo minha mesa de quem se tratava. O simpático senhorzinho era nada mais que o sr. Luis, o garçon que apesar de aposentado, é mais antigo em atividade de São Paulo servindo no Bar Leo há 47 anos.
Chamei o Sr. Luis para uma foto, a foto acabou virando um gostoso bate papo com direito a ouvir muitas estórias das antigas, regadas de muita experiência de vida!


Visita deliciosa, momentos agradabilíssimos e  recomendo uma vista como nós fizemos: sem pressa e boas amizades! Pode-se ainda aproveitar as horas de estacionamento para passear pela Santa Efigênia e comprar alguns eletrônicos; ou ainda visitar a Casa del Vechio para conhecer uma das melhores luthieria e loja de instrumentos de corda do Brasil .


O Bar Leo  funciona há 70 anos  lá na Rua Aurora 100 no bairro da  Santa Efigênia e atende seus clientes cruelmente de segunda à sexta-feira das 10:00 até apenas ás 20:30 Hs e aos Sábados das 10:00 às 17:00 Hs. Nos telefones 3221-0247 ou no link Bar Leo.



Abbracci a tutti e ci vediammo  e bem breve!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

SPAGUETTI ALLA PUTTANESCA! VOLTEI COM TUDO!

Olá Pessoal! Tudo bem?

Baía de Napoles e o imponente Vesúvio. 
 Depois de um longo período longe das telas resolvi voltar; e agora de vez com um dos pratos mais fantásticos da culinária do sul da Itália. Prometo que não ficarei mais tanto tempo afastado de vocês, pois digo de verdade, que a inspiração voltou e renovada se é que me entendem. O que me impressiona nessa salsa mediterrânea simples; são   seus ingredientes cujas características não somam, mas se exponenciam ao fogo levando a um sabor inigualável que integram cores, frescor e mineralidade . Adoro essa pasta cuja estória  é muito controversa; oriunda da provincia da da Campanha, precisamente da região portuária de Nápoli onde Ischia traduz a sua melhor interpretação. Uma das teorias nos mostra que deriva de uma primeira  massa chamada alla marinera, que depois da segunda guerra se tornou famosa e  foi rebatizada pelo pintor Eduardo Colucci de putanesca em 1960. Putanesca na verdade siginfica molho á moda das "putanas", que teve como primeira responsável uma famosa cafetina napoletana chamada Yvette la Francesa; que servia  como atrativo aos seus clientes uma massa simples e reconfortante; feita com os ingredientes aromáticos que tinha á mão para que se recuperassem de seus encontros. Diz-se ainda que tinha efeitos afrodisíacos e as cores do prato remontam ás das lingeries das moças: preto das azeitonas, vermelho para os tomates, verdes da  alcaparras e creio que o aliche ficou responsável apenas com os aromas das peças íntimas.

 Como sugestão de vinhos para harmonização indico regionalmente os brancos Grecco de Tuffo ou Fianos de Avellino ainda jovens que apresentam frescoe e mineraliadade suficientes. Ainda na mesma linha podemos abrir de um bom siciliano rosé ou mais pertinho os brancos frescos e frutados do Vale de Casablanca. Esqueçam dos malbecs que viraram rosé!!

Ingredientes para 6 pessoas da minha putanesca:

- 500 gr de tomates pelados italianos ou frescos maduros.

- 3 dentes de alho em lâminas transparentes.

- azeite extravirgem o suficiente  (digo sem miséria).

- muiiita salsinha.

- pimenta do reino.

- pimenta calabresa.

- 50 g de alcaparras.

- 100 g di azeitonas pretas.

- Sal se necessário (cuidado com alcaparras e aliche que são salgados por natureza).

 - 12 filezinhos de aliche daqueles (contribuição romana para essa massa).

- 500 g de spaguetti ou qualquer outro tipo de massa longa.

Primeiro esquento minha frigiderira de fundo grosso com azeite extra virgem do bom e sugiro para essa receita aqueles não filtrados. Adiciono os filezinhos de anchovas, que com um a faca tranformei em um purê, e logo em seguida as lâminas de alho. Assim que o perfume subir incorporo azeitonas pretas, alcaparras, a pimenta calabresa e dou uma refogadinha para todo mundo pegar gosto. Agora verto os tomates e espero o molho apurar o necessário corrigindo de sal, pimenta e uma colherzinha de açúcar. Deixo por último a salsinha que adiciono junto com a massa aldente (nesse caso tagliatelle fresco de grano duro) ao molho para finalizar; e dou alguns minutos para estabilizar os aromas. Nesse caso esconda todo e qualquer tipo queijo ralado existente na sua casa; pois certamente alguém vai á procura na geladeira. Admitem-se ainda em suas variações orégano, manjericão, cebola ou vinho branco porém não estimulo.


Espero que tenham gostado e

Abbracci a tutti!