Portugal é um país de vinicultura muito expressiva nos vinhos tintos, mas seus os brancos tem alcançado níveis de qualidade reconhecidos internacionalmente. Desde os Alvarinhos, passando pelos cortes tradicionais do Douro e do Alentejo, até os brancos da Bairrada, encontramos vinhos que apresentam uma gama aromática muito ampla. Foram escolhidos especialmente cinco vinhos de regiões diferentes para comemorar o Dia Internacional da Mulher. Após breve introdução de Mário Mucheroni, demos início á degustação com comentários do chef e enólogo português Jerônimo Duarte.
Vamos aos vinhos:
1 - Rolan Alvarinho Colheita Selecionada 2007 - Rolan Explorações Vitivinícolas - Minho.
Feito com 100% de Alvarinho, ficou 5 semanas em inox "sobre as lias" para ganhar em aromas e complexidade sem ver barricas. Mostrou-se muito fresco com aromas de frutas cítricas como limão siciliano e toque mentolado exelente para ser degustado numa piscina ou para entradas de frutos do mar.
2 - Quinta do Saes Reserva Branco 2006 - Dão D.O.C. - Quinta da Pellada - Serra da Estrela.
3 - Vinha Formal Branco 2006 - Vinho Regional Beiras - Luis Pato - Anadia - Bairrada.
No melhor branco de L.Pato , a uva Bical foi fermentada em pipas Allier novas por 12 meses sendo que os 6 iniciais foram "sobre as lias" com trasfegas frequentes. Aroma floral branco com jasmim abre o nariz com fruta madura que difere da boca; onde mostra untuoso com aromas de bala de leite, pimenta branca e especiarias sendo que apenas a acidez e mineralidade nos faz lembrar o frescor da impressão olfativa. Fino, complexo e elegante.
4 - Redoma Branco 2008 - Douro D.O.C. - Niepoort Wines - Douro.
Irmão mais novo do Redoma Branco Reserva mostra toda a sua linhagem em "vinhas velhas", com cortes de Codega, Rabigato, Donzelinho, Viosinho e Arinto. fermentado em barricas de carvalho mostra no nariz primeiramente côco branco a pela primeira vez senti aniz característico da Donzelinho. Mantém frutas cítricas com bela acidez e mineralidade derivada do solo xistoso prolongando seu frescor.
Grande vinho fermentado parte em inox e em carvalho francês com batonagens frequentes, passando posteriormente por 10 a 12 meses em barrricas. Feito de Antão Vaz e de Arinto que lhe concede a acidez mostrou-se frutado com aromas de frutas cítricas, frutas secas e na boca untuoso com bala de mel. Bastante frescor e mineralidade num vinho complexo, porém concordamos todos que um pouco mais de garrafa iria lhe cair muito bem.
Bem didática, essa degustação pôde nos mostrar todo o potencial Lusitano na vinificação de brancos com grande variedade de uvas autóctones e terroir. Com notória complexidade, apresentaram-se frescos, aromáticos e muito equilíbrados com um toque de mineralidade e untuosidade.
A foto ao lado segue como um apelo particular para ser iniciada a campanha pela a versão tinta dessa degustação. Após a degustação, foi servido um jantar harmonizando com tradicional bacalhau ao forno.
Crédito das fotos Do Douro e do Dão para Mário Mucheroni durante a viagem da A.B.S. a Portugal no ano de 2006.
Vinhos 1 e 5 da Adega Alentejana e 2, 3 e 4 Mistral.
Abracci a tutti!
3 comentários:
Os vinhos portugueses me encantam muito. Vinhos cheios de tipicidade e carater. Sou um pouco suspeito para comentar sobre eles.
Abraço, Rodrigo/Basílico
Pois è Rodrigão, os portugueses estão tomando um belo espaço no meu coração também. Lembro com muito prazer aquele Barca Velha 1996, Casa Ferreirinha e do Muros de Melgaço que tomamos juntos nas nossas degus do Basílico. Aliás, você não é suspeito e sim Réu confesso!
Abbraccio querido!
Caro Roberto,
Os brancos atualmente são minha preferência, e um dos que quero provar é esse Redoma Branco trazido pela Mistral. Parabéns por ter participado dessa grande degustação.
Eugênio Oliveira
www.decantandoavida.com
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