Tava meio sumido, mas arranjei um tempinho para o blog que já estava meio parado apesar das várias pautas nessas semamas. Tive que furar a fila para deixar essa daqui passar na frente pois talvez seja a mais especial do ano para mim, e também pro meu amigo Gil da nossa confraria Segunda Divino. Não falei que ia dar tudo certo queridão!? E seu Deus quiser logo, logo voltaremos a tomar vinhos de novo!
Escolhemos para abrir o Edizione 2006 da Vini Farnese; e o motivo? Foi talvez o nosso primeiro vinho de concórdia de cores, aromas e sabores que conhecemos no curso básico de degustação de vinhos da A.B.S de São Paulo em 2005.
Vamos lá:
Diz uma lenda que a idéia de se fazer esse vinho veio de um enófilo inglês que lançou um desafio aos italianos; de que não conseguiriam fazer um vinho tinto moderno e de qualidade superior com cinco uvas nativas; que esse seria um privilégio apenas dos franceses. Adivinhem quem perdeu.
É isso aí mesmo sem seguir as regulamentações italianas, esse belo tinto por não ser feito de uvas autóctones de uma única região e sem representatividade histórica ou regional; não pôde receber a denominação de I.G.T. Em contrapartida agrega características de vinhedos antigos de "quatro terroares distintos" : Colonnella e Ortona em Abruzzo e em Sava e San Marzano na Puglia. Daí colhem-se as cincos uvas que compôem seu corte a saber: Montepulciano 33%, Primitivo 30%, Sangiovese 25%, Negroamaro 7% e Malvasia com 5%. Permanecem por 12 meses em barricas de carvalho americano e francês, 6 meses em garafas recebendo então seu rótulo com o número da "Edizione" subsequentes á primeira que foi em 1999 e o ano do engarrafamento e não da colheita. Por não ser filtrado exprime ao máximo as caracteristicas organolépticas das uvas, gerando um resultado final surpreendente.
Belo exame visual que com sua cor púrpura, densa e inviolável á luz transformou minha taça num vitral de igreja com suas inúmeras e vagarosas lágrimas. No nariz aromas amplos e fáceis de frutas negras em compotas como ameixas e amoras com aromas florais. Agradável e pleno na boca com corpo intenso e algo doce que me lembraram muito um primitivo, com taninos aveludados que mostravam chocolate, baunilha e tostado com especiarias. Estruturado com final muito duradouro e agradável levando os minutos seguintes á meditação. Segundo produtor aguenta envelhecimeto por pelo menos mais 10 anos, porém não suportaria deixá-lo por tanto tempo na adega e perder toda essa fruta e jovialidade. Tome cuidado pois assim como no Primitivo da Mandúria a garrafa é bem pesada, e pode te enganar fazendo pensar que ainda há mais um choro de vinho mesmo estando vazia.
Para saber mais:
1 - Vini Farnese.
Abbracci a tutti!
2 comentários:
Graças a Deus que deu tudo certo....
Quando iremos abrir nossa proxima garrafa de vinho???Estamos esperando vc pra nossa proxiam segunda divino.
Abraços
Gil,Re e Giovana.
FALA GIL, RE E GIO TUDO BEM!
E A COCEIRA, PASSOU?
NÃO ESSA , AQUELA DE TOMA VINHO!
SE A DRA AUTORIZAR SEGUNDA FEIRA TO POR AÍ PRA GENTE COMEMORAR; E DEIXA QUE O JANTAR É POR MINHA CONTA!
ABBRACCIO!
TIO BÉTU!
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